Eu volto a escrever e voltarei sempre, pois eu ainda não tenho resposta as minhas indagações.
E aquele "velho texto" batido, aquele "velho amor" batendo em minha porta novamente a todo vapor. Em alguns momentos me fazendo acreditar no para sempre, no conto de fadas em outros me torturando pelo tempo, pela espera, pelo choro que fica aqui preso na garganta e que não sai nem por lágrimas mais.
Eu estou num quarto fechado, escuro, frio, com os dias incertos caindo em meu teto. De vez em quando eu vejo uma luz pela fresta de alguma janela, ou pelo vão da porta. Ele chega, se aproxima, diz coisas que me fazem chorar, sorrir e eu me perco aqui mesmo nesse quarto estranho, dentro de mim.
A história todo mundo já conhece, quando eu reconto a história tudo bem, nem sempre... mas na maioria dos casos "tudo bem", hoje fui contar pela primeira vez para uma pessoa e eu parei de falar, vontade de chorar.
Sentimento que nem acredito ser capaz de ter aqui e por tanto tempo.
Não peço para esse sentimento me deixar, eu quero ele aqui. Quero eles, inteiros, intactos.
Vivo outros momentos, momentos os quais consigo amenizar a ausência, porém em outros momentos é inevitável não desejá-lo e ainda é mais triste pois eu sei que ele deseja minha presença também, só não sei o motivo de ainda estarmos separados.
Quando eu começo a pensar muito é um desastre, fica um nó na garganta, no entanto na altura do campeonato é impossível fingir que não é nada e não temer as coisas que estão por vir. Temo coisas boas e coisas ruins.
Hoje tirei a tarde para mim, eu não aguento fazer nada quando estou com o coração aflito, apertado.
Meus olhos não enganam ninguém, quero tirar daqui esse medo descabido. Quero arrancar da garganta dele as palavras que eu quero ouvir. Preciso ouvir. Minha vida completamente inerte, eu não tenho mais um coração normal eu sou gélida e incapaz de amar ou até mesmo de me apaixonar por qualquer outra pessoa que não ele. Sou incapaz de sentir qualquer outro cheiro senão o dele, seleciono as bocas para beijar de modo que nenhuma possa tentar invadir o nosso espaço, espaço que é meu e dele.
Uma pergunta permanece no ar. Amor? Eu nasci apenas para te sentir e não para te viver?
Eu já não sei.